A segunda surpresa é dar de frente com a museóloga Denise Lorch trabalhando dentro do cofre, que fica aberto nas horas de expediente. “As pessoas

De tão grande, o cofre foi dividido em três partes, uma para os clientes da Bolsa, outra para a CBLC e a terceira para o Centro de Memória Bovespa. As antiguidades do Centro de Memória da Bovespa estão guardadas no cofre blindado onde celulares não funcionam O Centro de Memória ocupa 30 m2 e é reservado à guarda de antiguidades. São riquezas incontáveis.

Nos 60 m2 restantes, o cofre presta o serviço original – o de guarda e custódia de títulos. Suas duas portas permanecem lacradas, salvo para consulta, retirada ou guarda de documentos – e os segredos estão intactos.
Uma parte é alugada a clientes da Bovespa que nela guardam suas relíquias. A outra parte é mantida pela CBLC e sua história confunde-se com a de prestação de serviços de custódia, iniciada em 1974. “Antes disso, a quantidade de papéis não era considerável”, conta Oscar Suher, na Bolsa há 32 anos.
Foi nos anos 80 que a custódia se expandiu. Além das 800 mil obrigações da Eletrobrás guardadas em nome da Caixa Econômica Federal (CEF), houve um enorme crescimento dos serviços com a chegada da custódia fungível de títulos ao portador. “Houve um aumento astronômico na quantidade de títulos”, diz Suher. “Em 1985, por exemplo, o volume chegou a 2 milhões, grande parte dos quais emitida pela Petrobrás e pelo Banco do Brasil.” O cofre funcionava, na época, em três turnos, durante 24 horas, de segunda a sexta-feira.
A partir de 1990, iniciou-se uma nova fase, com a custódia fungível de ações nominativas, pois a legislação proibiu a existência de títulos ao portador. Os velhos cofres começaram a ser esvaziados e há dez anos a guarda de títulos passou a ser feita apenas no prédio da Rua 15 de Novembro. Suher gosta mais do cofre de hoje: “Nenhum dos cofres foi tão imponente e bonito como o atual. Sua aparência atrai e desperta o interesse de todos”. O cofre não guarda mais títulos, com exceção daqueles que pertencem a clientes e que não são cotados em bolsa.
Retirado do site:
http://www.bmfbovespa.com.br/InstSites/RevistaBovespa/88/HistoriaBolsa.shtml
Histórias de Bolsa /O cofre das relíquias